terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Natal, “A festa do Menino que se fez Homem”


Outro dia ouvi em uma emissora de Tv: “a melhor invenção que já puderam nos trazer, foi o ciclo do ano, pois a cada ano que passa, nada mais é que continuarmos a viver, no entanto sempre achamos que tudo está começando de novo, pois um natal que passamos e um ano que iniciamos sempre nos traz novas perspectivas e nos lança a uma esperança, queira ou não, já estamos buscando desde outrora.”
Mas quando é que este chamado natal teve seu inicio? Foi com o nascimento de Jesus, como muitos se imaginam? Vejamos:
“No inicio, as festas do Natal e da Epifania eram uma celebração com um único e idêntico objeto: a encarnação do Verbo, embora com diferentes matizes no Ocidente e no Oriente. Essa diversidade de tom pode ser constatada pelas duas denominações. No Oriente, o mistério da encarnação era celebrado no dia 6 de janeiro, com o nome de Epifania (manifestação); o Ocidente, isto é, em Roma, o mistério era celebrado no dia 25 de Dezembro, com o nome de Natalis Domini . a distinção entre as duas festas, com conteúdo diferente, aconteceu entre o fim do ´seculo IV e o inicio do SéculoV.”
Antes de qualquer coisa, é pacífico que 25 de Dezembro não é historicamente o dia do nascimento de Cristo, apesar da afirmação contrária de alguns autores antigos. Essa data é indicada por antiga tradição segundo a qual Jesus teria sido concebido no mesmo dia e mês em que depois seria morto, isto é, no dia 25 de março; consequentemente, o seu nascimento teria acontecido em 25 de dezembro. Devemos considerar, porém, que essa tradição não determinou a origem da festa, mas foi apenas uma tentativa de explicação, fruto de misticismo astrológico (crença nos astro), muito em voga na época.
Hoje porém, temos a plena certeza que o que nos vale não é se o Cristo nasceu ou não no Natal, mas sim que ele nasceu, para nos salvar através de seu ensinamento, que poucos ouviram e ouve, e colocam em pratica, a ponto Dele (no passado) ter que se martirizar em uma cruz, e hoje no pobre que “nasce” a cada dia. Que celebremos sim neste dia 25 de dezembro o nascimento deste grande MENINO que se fez homem Encarnado.
Já o ano novo, não pode se deslocar do foco natalino, pois a festa e o espírito do mesmo continua. Na Igreja os dias que sucedem o natal é chamado oitava do natal, ou seja, celebramos durante toda a semana, como se fosse este grande dia de Natal. Estendemos este dia “25” até a solenidade da Santa Mãe de Deus (Dia mundial da Paz), que se celebra no primeiro dia do ano. Logo, festejarmos estas solenidades que se aproximam é agradecermos sempre a Deus por ter nos dado uma Mãe e um Filho tão especial, assim como nos diz a oração da coleta da missa do dia de Natal: “ó Deus que admiravelmente criastes o ser humano e mais admiravelmente estabelecestes sua dignidade, dai-nos participar da divindade do vosso Filho, que se dignou assumir nossa humanidade.” 


Que o Natal e o Ano Novo que se aproxima, possa nos tornar
cada vez mais irmãos,
Naquele que um dia também se fez um de nós.

Pe. Gledson A. Domingos
Paróquia São Francisco e Santa Clara

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

MISSÃO DA RCC DENTRO DA IGREJA

A RCC é um importante movimento dentro da Igreja. A Renovação Carismática é conduzida pelo Espírito Santo. “Eu vim pôr fogo à terra, e o que mais quero se já está aceso!” (Lc 12,49). Esta chama viva é o desejo de Cristo para a sua Igreja, ou seja, a chama do Espírito Santo não pode se apagar. Paulo VI disse: “a Igreja tem a necessidade de um Pentecostes permanente. Tem a necessidade de fogo no coração, de palavras nos lábios, de profecia no olhar. A Igreja tem a necessidade de ser templo do Espírito Santo”. A RCC, movida pelo Espírito Santo, procura através de seus dons e carisma reavivar no mundo o fogo suave abrasador de Pentecostes. Assim sendo, impelido pelo Fogo suave abrasador: A Igreja e o mundo necessitam mais do que nunca que o prodígio de Pentecostes se prolongue na história. Para o mundo cada vez mais secularizado, não há nada mais necessário que o testemunho desta ‘renovação espiritual’ que vemos o Espírito Santo suscitar hoje em dia nas regiões e ambientes mais diversos. O livro dos Atos dos Apóstolos assim diz: “Agora, pois, Senhor, presta atenção às suas ameaças, e concedei a teus servos anunciar a tua mensagem com toda ousadia. Estende sua mão, para que aconteçam curas, sinais e prodígios pelo nome de teu santo servo Jesus e pela força renovadora do Espírito Santo” Nesse sentido, Paulo VI afirma: “agrada-me ver sinais desta renovação: gosto pela oração, contemplação, louvor a Deus, atenção a graça do Espírito Santo e leitura mais assíduas das Sagradas Escrituras”. Sendo assim, a Sagrada Escritura é uma das grandes bases que a RCC possui para evangelizar o mundo, ou seja, é um instrumento operante no seio da Igreja que encoraja e da vida ao povo de Deus. A experiência viva de Pentecostes realizou prodígios no coração de todos os que estavam no cenáculo, realiza hoje e quer continuar realizando. Ademais, através da RCC, esta mesma experiência viva de Pentecostes quer continuar a tradição católica chamando todos os homens à conversão e à renovação, ou seja, à ação apostólica.
Com base nesses preceitos, no ano de 1979, e em audiência ao Conselho Internacional, João Paulo II disse: “O mundo tem muita necessidade desta ação do Espírito Santo, e de muitos instrumentos desta ação. A situação no mundo está muito perigosa. O materialismo é uma negação do espiritual, e é por isso que necessitamos da ação do Espírito Santo. Agora eu vejo este movimento, esta atividade por todas as partes. Em meu próprio país vi uma presença especial do Espírito Santo. Através dessa ação o Espírito Santo vem ao espírito humano, e a partir desse momento começamos novamente a viver, a encontrar-nos conosco mesmo, a encontrar a nossa identidade, nossa total humanidade. De maneira que estou convencido de que este movimento é um importante componente dessa total renovação da Igreja, dessa renovação espiritual da Igreja”.

Não podemos deixar de mencionar o atual papa, Bento XVI que, por sua vez, é um grande conhecedor da RCC. Apesar de falar pouco sobre a RCC, quando ainda Cardeal escreveu pormenorizadamente sobre a Renovação Carismática. O que traz muita esperança a toda a igreja universal mesmo no meio da crise que a Igreja atravessa no mundo ocidental é o surgimento de novos movimentos que ninguém planejou e que ninguém trouxe, mas que simplesmente emergem da vitalidade interna da fé. O que está se tornando aparente nesses movimentos embora muito tênuamente seja algo muito similar a um tempo Pentecostal na Igreja.
Em linhas gerais, a missão da RCC é testemunhar o Cristo ressuscitado na ação santificadora do Espírito Santo. “Não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos” (At 4,20). Sendo assim, a RCC é o sinal nítido do Espírito Santo no embalo do Concílio Vaticano II. O Papa João Paulo II, em discurso aos membros do Conselho Internacional da Renovação Carismática Católica, em 14 de maio de 1992, assim diz: “O surgimento da Renovação em seqüência ao Concílio Vaticano II foi uma dádiva do Espírito Santo à Igreja. Foi o sinal nítido do desejo de muitos católicos de viverem mais plenamente a sua dignidade e vocação batismal como filhos adotivos do Pai, de conhecerem o poder redentor de Cristo nosso Salvador através de uma experiência mais intensa de oração individual, de oração em grupo, seguindo o ensinamento das Escrituras, lendo-as à luz do mesmo Espírito que inspirou a sua redação”. Um dos mais importantes efeitos desse despertar tem sido, com toda certeza, aquela sede crescente de santidade que vemos na vida das pessoas e em toda Igreja. Homens e Mulheres batizados no fogo do Espírito Santo que dão a vida pelo Reino e sua causa.
A todos os missionários da RCC nosso abraço e carinho! Continuem firmes, pois nossa Missão é Evangelizar.

Pe. Donizetti de Brito
Diretor espiritual da RCC

sexta-feira, 15 de julho de 2011

A palavra em nossas vidas - 10/06/2011

Hoje em dia, a palavra vem perdendo seu real valor, principalmente na família. Tempos atrás a palavra do pai ou da mãe, era lei. O filho que recebia uma orientação, ou uma recomendação do pai ou da mãe, não tinha outra saída senão obedecer. Hoje vemos que os pais perderam o poder da palavra. Se um filho comete algum erro em alguma situação da vida e precisa de uma correção, os pais preferem por panos quentes a corrigi-lo de maneira correta. Pensam no hoje e esquecem o amanhã. Uma criança bem educada hoje será um homem amanhã. Por isso não podemos perder de vista os vários ensinamentos de Jesus quando passava pela vida de seus apóstolos e discípulos e lhes ensinava, pregando a Palavra do amor. A palavra de Jesus ou “as palavras” que Jesus disse, são e ainda permanecem recentes em nossos dias. Que pais e educadores busquem na Palavra de Jesus os verdadeiros ensinos para suas vidas e possam moldar-se segundo o coração de Jesus e assim beber da palavra e servir-se dela para a boa orientação em suas vidas.
Pe Rodrigo Papi

domingo, 3 de julho de 2011

Vida batismal plenificada - 26/06/2011

  O sacramento batismal é a inserção no mistério de Cristo que inclui sua paixão, morte e ressurreição. O catecúmeno que recebe este sacramento, e é inserido neste mistério, começa a fazer parte desta filiação divina e concomitantemente entra em um estado de vida batismal. Ser somente batizado, não implica em viver como Cristo viveu. Ser cristão, não dá a ninguém o ingresso à santidade. Para ser verdadeiramente cristão e aderir ao projeto de vida de Jesus Cristo, é necessário a cada dia renascer para uma vida nova e nos mais simples gestos reproduzir o que Cristo fez generosamente aos pequenos e fracos. Portanto, ser cristão, é muito mais do que dizer-se cristão. Ser cristão é viver constantemente em um estado de vida batismal e manifestar os mais sinceros gestos, que reflitam o gesto amoroso de Jesus Cristo.
Pe.Rodrigo Papi